A magia do Natal
e a história do jumentinho de Jesus que vinha comer o capim debaixo da árvore
Queridos amigos,
O que falar do Natal…
Bom, eu tenho uma recordação muito interessante de quando era mais novo: eu confesso que talvez eu deva ter sido uma das crianças que mais demorou para descobrir que o Papai Noel não existia…
Bom, talvez o “não exista” não seja bem a palavra certa para isso, porque a figura “Papai Noel” é muito maior do que apenas um velhinho que entrega presentes para crianças. É um símbolo. Ah, vou deixar para fazer essa reflexão em outro momento, deixa eu voltar para a história.
Eu diria que minha infância em geral foi muito “mágica” e eu a guardo com muito carinho. E essa magia se estendeu além da minha infância (ou talvez minha infância se estendeu além do normal).
Aos 13 anos de idade eu ainda acreditava no Papai Noel (acreditar, essa é a palavra certa). Eu me lembro bem desta época. De fato, eu não sei se eu acreditava para querer “ser criança para sempre”, como nas histórias do Peter Pan, ou se realmente ainda tinha esperanças de que eu pudesse flagrar o tal velhinho deixando um presente debaixo da árvore.
Certa vez, um amigo do meu pai me disse uma vez que eu deveria catar o máximo de capim possível e deixar embaixo da árvore, porque o menino Jesus viria com seu jumentinho, comer e deixar um presente. Eu fiz isso, mesmo sabendo que aquilo era invenção do amigo do meu pai e que dificilmente haveria um presente no dia seguinte. Mas, a esperança pela magia do Natal ainda permanecia.
Na noite do dia 24, ao voltar para casa depois da ceia na casa da minha avó, eu disse a meus pais:
- Será que o Papai Noel deixou o presente embaixo da árvore?
Meu pai pediu para que eu ficasse esperando na porta e que ele iria “ver”. É claro que naquele momento, ele tirava os capins debaixo da árvore e colocava um presente que ele havia comprado. Apesar de no fundo eu saber que ele fazia isso e não era o Papai Noel, a magia do Natal ainda estava bem presente em mim e eu ficava admirado por saber que esse “milagre” aconteceu.
No ano seguinte, eu fiz este mesmo exercício, só que o que eu não esperava era que meus pais não tivessem preparados para isso. Até fiquei esperando na porta meu pai “ver” se o Papai Noel tinha vindo, mas ele falou:
- Ih, acho que dessa vez ele não veio. Quem sabe amanhã...
Era uma tática boa. Tanto é que acordei cedo no dia seguinte e corri direto para a árvore, lá estava o presente (e meu pai sentado no sofá). A felicidade e a magia do Natal estavam novamente no ar.
Bom, no fundo, no fundo, quem vai dizer se era mesmo o meu pai ou o Papai Noel quem dava os presentes? Nunca saberei a verdade. Vou ficar com a versão do Papai Noel, é mais divertida para a minha visão “mágica”.
A história pode até ser bastante bobinha, mas acredito que tenha um significado legal.
Neste dia 25, desejo que a magia do Natal permaneça no coração de cada um. Natal é o momento de celebrar o nascimento de Jesus. Do Deus grandioso que se fez homem e nasceu como uma pobre criancinha no estábulo de Belém. Uma criança que com certeza também viveu seus momentos “mágicos” e cresceu escutando São José e Nossa Senhora contarem fábulas extraordinárias.
Um feliz e Santo Natal a todos!
Com carinho,
Thiago.